segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A vez dele... III - 2ª parte


Ainda se lembrarão da história que o Zénite começou a contar-nos aqui.

Regressado das férias enviou-me a sua continuação, que tem 2 episódios. Espero que gostem e que continem agarrados à história...

Amores Virtuais II

– O Passeio

Incrédulo, Pedro olhou para a silhueta feminina que, de tão próxima, se desenhava imprecisa á sua frente. Atabalhoado, fixou durante segundos, que lhe pareceram horas, o belo rosto que quase roçava o seu, até que por fim conseguiu articular algumas palavras:

«Leonor, que fazes tu aqui?!»

Serenamente, Leonor respondeu-lhe:

«Penso que o mesmo que tu, Pedro.»

Visivelmente perturbado, Pedro ainda conseguiu acrescentar:

«Mas... e o nick "Leonor" ? Não era um nick, a Leonor com quem... afinal eras... és mesmo tu, Leonor?»

Com a mesma tranquilidade com que aparecera, Leonor limitou-se a retorquir, sorrindo:

«Por que estranhas que o meu nome coincida com o "nick"? Não procedeste tu de igual forma no fórum e nos e-mails? Comunhão de ideias e sentires, lembras-te, Pedro?»

Havia muita ternura nos seus lindos olhos azuis, quando acrescentou:

«Não me cumprimentas, Pedro? Não me dás um beijo?» - E, acto contínuo, aproximou os seus lábios dos de Pedro, que roçou levemente, enquanto ele fechava os olhos, extasiado, permanecendo com eles cerrados por largos segundos, como se receasse abri-los, com receio de perder a divina aparição que por momentos considerou ser fruto da imaginação.

Aqui chegados, cabe referir que Pedro e Leonor trabalhavam na mesma multinacional, em Lisboa, embora em departamentos diferentes. Ali se conheceram quando, certo dia, um amigo comum os apresentou um ao outro. Uma vez por outra almoçavam com um grupo de amigos à mesma mesa no restaurante da empresa. Jamais falaram a sós.

Quando Pedro saiu da sua letargia, surpreendeu-se ao ouvir a sua própria voz:

«Leonor, apesar de nunca ter tido coragem para to dizer, digo-o agora. Sempre te amei. Fui eu que pedi ao Carlos que nos apresentasse um ao outro. Mas sentia-te longe, e ao sentir-te longe, concluí que não te merecia. E desisti de te confessar o "coup de foudre" que me atingiu quando me cruzei contigo num dos corredores da empresa, no dia da tua admissão.»

A saia preta justa e curta, e o casaco de cabedal castanho sobre a camisola bege, em perfeita combinação com os cabelos flavos, faziam sobressair a elegância e beleza helénicas de Leonor.

Um sorriso encantador há muito se desenhara nos seus lábios rubros, enquanto seus olhos, que espelhavam a doçura do infinito, se prendiam nos de Pedro.
Crescia a tarde e com ela o amor.

8 comentários:

  1. Sempre q venho ao teu blog lembro-me da musica "voceeesss sabem l�..." :D
    � interessante o conto, faz-me lembrar daqueles da revista Maria, mas sem as partes est�pidas!

    beijo grande D

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  2. LOL,estou com a Maria,conta-me coisas tuas :p

    beijinhos lida*

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  3. não é lida,é linda...já é muito tarde,vou mas é dormir :P

    kiss

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  4. O amor é lindo!
    Que doçura!!!

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  5. Nanny,

    O comentário apagado era meu.
    Por lapso, coloquei aqui o comentário que pretendia colocar (já lá se encontra) no post "Responsabilidades, irresponsabilidades e decisões de vida".

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