Levantei-me, a manhã estava fria, de um frio cortante e penetrante. Aqueci a casa de banho e enchi a banheira de água bem quente e muita espuma. Mergulhei naquele abraço quente e suave, feito de humidade e calor. Sentia-me dolente, lânguida, deixei que a água quente e a espuma me acariciassem a pele, quase dormente, de olhos semi-cerrados e cigarro na mão fiquei apenas a sentir.
Ouvi-te chegar, olhei-te nos olhos e disse - Estava à tua espera..., Posso entrar, perguntaste, - Sim, vem...
Lá fora, na sala, a aparelhagem tocava a última canção dos The Gift, e eu deixei-me levar...
Talvez por não saber falar de cor,
Imaginei
Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor,
Aproximei
Aproximei
Meu corpo e o teu corpo
o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer,
Despedir-me de ti
Despedir-me de ti
Adeus
um dia voltarei a ser feliz
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir,
se por falar falei
Pensei que se falasse
era fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor,
Imaginei
Imaginei
Triste é o virar de costas,
o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer
Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti
E o amor, que chega ao fim,
um final assim,
é mais fácil de entender
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse
era fácil de entender
The gift
Tu foste a minha melhor prenda!
Este é o último post de Janeiro. Chegou ao fim um ciclo.