quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Dirty...?



Your Stripper Song Is

Dirrty by Christina Aguelera

"Too dirty to clean my act up
If you ain't dirty
You ain't here to party"

You're so dirty, you make Christina look clean.

Sei Lá...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Disseram-me...

"Disseram-me que outrora fui uma gata…

Não sei…

Sinceramente não sei…

Há momentos em que sinto que não sou deste mundo…
Momentos em que os impulsos e os instintos
parecem falar mais forte dentro de mim…
Em que me apetece fugir pela noite fora, vagueando…
Em que os olhos se prendem na Lua e me apetece agarrá-la…
Momentos em que o corpo se contorce… num mal-estar sem sentido…
Em que os sentidos parecem desatinar…
Em que algo de realmente felino se apodera de mim…
Em que ponho as garras de fora e viro fera…
Por isso, às vezes me dizem que outrora fui uma gata…

Não sei…sinceramente não sei…Sinto-me confusa…
Saio para a noite…
Percorro o pequeno bosque com passos lentos… pesados…
Demorados como os meus pensamentos…
Oiço um restolhar de folhas secas atrás de mim…
Sinto que sou perseguida…Por quem… não sei…
Mas sinto a sua presença que me segue…
Sinto as folhas que pisa…
Quase lhe sinto a respiração…Que quer de mim?
Que quer de mim?
Apresso o passo e aproximo-me de casa…
O meu coração acelerado pesa-me no peito…
Algo me quer prender aqui…
Quero voltar-me para trás e encarar o meu perseguidor…
Quero ver-lhe a cara… olhá-lo de frente…
Mas os passos impelem-me para a frente…
Assim que saio do bosque sombrio,
Sinto a Lua…

A sua luz branca e forte parece acalmar-me…
Sempre me fez bem o luar…
Sempre te trouxe esta paz interior…
Mais calma, dirijo-me ao alpendre
e sento-me na minha cadeira de baloiço, olhando a Lua…
Um gemido faz-me baixar os olhos para o pequeno relvado junto a mim…
Vi finalmente o meu perseguidor…
Gemendo…

Envolto em dor... a transformar-se...
Curvado sobre si mesmo, em espasmos…
Os gemidos sobem de tom, num misto de gritos e uivos que me arrepiam…
A sua dor é evidente, lancinante…
Não resisto ao instinto de o abraçar e trazer para casa…
Aquele ser estranho, que para me seguir sofreu tamanha dor…


Deito-o sobre o meu leito…
Enxugo as gotas de suor que lhe correm pelo rosto, pelo corpo…
A Lua espreita-nos pela janela aberta à noite quente…
Não sei o que se passa comigo…aquele efeito de luz penetra-me de uma forma estranha…
Tocar aquele corpo, torna-se imperativo…
As minhas mãos percorrem-no e os meus lábios seguem-nas…
Vou tacteando aquela pele, aqueles músculos bem definidos…
Beijando-os, percorrendo toda a extensão daquele corpo…
O desejo cresce em mim…
As minhas unhas percorrem aquele corpo…
Sinto-o estremecer… mas continuo…
Os instintos começam a tomar conta da razão…
Não há volta a dar…
Acordei-o do torpor…
A Lua banha os corpos nus…

A atracção é enorme, sinto-me puxada como por um íman…
Sinto este corpo estranho que se debate…
Como se a felina quisesse irromper…
…não a domino mais…

Vagueio sem destino…
Percorrendo as vielas escuras…
Arrasto comigo o peso de uma vida…
Sentida… sem sentido…
Caio em mim…
Disseram-me que outrora fora humana...não sei…
sinceramente não sei...

Mas sei que há um humano que me procura…
Onde... Não sei,

Mas sei que continua à minha procura... "

Sei Lá!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Hoje... uma dupla...








Mais um ano passou... e mais um ano se fecha sobre mim...


Pois é... a gata hoje faz anos... não com a alegria que gostaria, nem aquela que de nós é esperada... o sorriso está frouxo e o olhar meio baço... não eram estes os momentos que queria estar a viver... mas são estes os que a vida me dá, são estes que fazem de mim quem sou... é com estes que vivo...




Vou espantando os meus espíritos como sei, como consigo, ou Sei Lá... como me deixam...


Por isso deixo-vos o fecho do conto... ou seria sonho... ou apenas, um desejo? Que sei eu...?

Princesa ou cortesã…? IV

Deixo-me ficar sentada na minha chaise longue, ofegante, observando a animação da festa… os criados continuam a servir doces e champanhe às senhoras e grandes balões de Cognac acompanhados de iguarias salgadas aos cavalheiros… sinto a cabeça à roda… será do vinho e do champanhe, será do rodopiar da dança, será de te sentir tão perto e tão distante…

Por entre as conversas e as danças sinto os teus olhos provocadores que me fitam… que me observam, que me despem em pleno salão… para logo a seguir te deixar de ver, por longos espaços de tempo… dou comigo a imaginar-te nos jardins, ou em qualquer corredor, agarrado a esta ou aquela dama, beijando-a com fulgor… devorando-a de paixão…

Como gostava de vos espreitar… de te ver a deixá-la louca como me fazes a mim… quase consigo imaginar os seus gemidos abafados… a minha mente voa em tua busca… à vossa busca…

De repente agarras-me de trás do longo reposteiro… quase grito de susto… Schhhh… olho à volta para ver se alguém se apercebeu… a animação continua impávida… os teus braços puxam-se, arrancando-me do assento… escapamo-nos para o longo corredor por detrás do reposteiro… as tuas mãos agarram-me fortes…

A tua boca devora a minha com a sofreguidão que te é tão própria…vais-me empurrando contra a parede… escorregando por ela… sinto uma porta que se abre nas minhas costas… entramos… o ambiente está divino… perfumado de rosas… iluminado pela lareira e por umas velas bruxuleantes… a cama coberta de pétalas de rosa…

Vais-me despindo lentamente… percorrendo o meu corpo, que se vai desnudando, com beijos… a tua língua atrevida vai deixando um rasto molhado que me arrepia… e o vulcão que só tu sabes acender começa a crescer dentro de mim… rebolamos esmagando as pétalas e revolvendo a cama… a tua boca devora-me… gemo baixinho… as tuas mãos percorrem o meu corpo, como um caminho que conheces de olhos fechados…

Mudas o ritmo e o ímpeto… viras fera, pões-me louca… deixas a mansidão de lado e atacas-me quase violentamente… mas a vontade e o desejo que tenho por ti não são menores que os teus… solta-se a libido e perco a compostura… mas a doce tortura não tem fim… bebes vinho do meu peito, da minha barriga… molhas-me com ele para depois o lamberes todo… dás-me a beber da tua boca… sorvo sequiosa… repouso languidamente, suada, sobre as almofadas…

Sentas-te na beira da cama com um pé no chão e a outra perna quase toda sobre mim… Tenho uma prenda para ti, Princesa… Queres…? Olho-te nos olhos… faíscam tesão… que me quererás dar… …Sim…

O teu braço estende-se em direcção à chaise longue da lareira… os meus olhos acompanham o teu gesto… deitada sobre ela uma figura feminina olha-nos… esteve ali desde sempre… a observar-nos… Queres…? …Sim… e a tua mão esticada convida-a a juntar-se a nós…

Sou finalmente a tua cortesã…


Sei Lá!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Princesa ou cortesã…? III

De dentro da minha carruagem já se ouvem os acordes fortes do piano e os suaves gemidos dos violinos… o palácio está iluminado com centenas de archotes… pelas janelas vêem-se os vultos que vão passando, trajados a rigor… no ar flutua o odor das pétalas de rosa espalhadas pelo relvado e pelas escadarias… sempre adoraste espalhar pétalas de rosa pelo chão, pelo leito, no banho…

Subo as escadarias pensativa… há muito que o meu coração disparou que nem um corcel louco… sei que te vou ver, que vamos cruzar olhares no meio das dezenas de convidados… adoras receber, adoras o ambiente de festa… circular pelos grupos tecendo elogios às damas, falando de política com os cavalheiros, enquanto te vais roçando pelas saias longas e largas, sentindo-lhes o toque…




Recebes-me sentado ao piano, com o teu balão de cognac pousado sobre ele… vejo-te da porta do salão… as tuas mãos percorrem as teclas com a intensidade da paixão… a paixão que tens pela música, que tens pela vida… admiro-te de longe, parece que não há mais ninguém neste enorme salão inundado de gente, só tu e esse piano mágico…

À mesa, as conversas, os sorrisos, os manjares, sucedem-se ao som daquele piano e dos violinos… mal te vejo, tal a distância a que estás… quase me esqueci que estás aqui…

Sinto duas mãos que pousam nos meus ombros seminus, oiço-te dizer com um sorriso na voz: Passamos ao salão para uma bebida…? Os convivas aceitam, mas as tuas mãos continuam fortemente assentes nos meus ombros… ao som das cadeiras a arrastar todos se vão levantando… mas as tuas mãos prendem-me à cadeira… de faces rubras, em fogo, olho-te por cima do ombro… puxas a cadeira para que me levante… Princesa… sussurras-me ao ouvido…

Com o rosto a arder e o coração batendo louco, de novo, sinto a tua perna roçando na minha por sobre o vestido… não fora a tua mão prudentemente firmada no meu braço e acho que cairia…

Perco-te de vista novamente no salão… todos bebem alegremente, ouvem-se as gargalhadas, o rumor das conversas, alguns pares vão dançando… avisto-te do outro lado do salão, conversando por cima do ombro de uma dama… os teus olhos provocantes fixam-se em mim… de novo o rubor… de novo…

Afasto-me um pouco do burburinho, saio para o varandim… o ar fresco da noite e o cheiro a pétalas de rosa parecem acalmar-me um pouco… Maldita hora em que me convidaste… maldita a hora em que decidi vir… perco-me nos meus pensamentos… a música e os risos continuam a encher o ar…

Princesa, vem…!... a tua voz inconfundível que me faz estremecer, arranca-me dos pensamentos… Vamos dançar!... a tua mão prendeu a minha e arrastas-me para o meio do salão, sem me dar tempo de reagir…

No meio do salão dançamos, voamos ao som da música… distribuis sorrisos, vais piscando o olho a uns e outras… Porque te escondes? Quero-te perto de mim!... a tua mão aperta-me a cintura, sinto os dedos que me penetram a carne… Assim ainda algum atrevido te rouba de mim… olho-te, os olhos faíscam, tens o sorriso trocista e malandro, desafiador… Que temes…?



Quando me soltas na chaise longue, que sabes que adoro, sussurras-me ainda… Não fujas… estás divina hoje… e roças os teus lábios no meu rosto, enquanto te viras e te diriges para a festa… a vontade de te beijar é desmedida, a vontade de te agarrar nesta chaise longue que já foi a nossa alcova tantas vezes… mas afinal… serei…

Princesa, ou cortesã…



(Um conto, um sonho, ou apenas um desejo, Sei Lá!?)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Hoje sinto-me...

Assim... tipo Calimero!




It's an injustice... it is....


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sábado, 5 de janeiro de 2008

A mim só me dão prendas destas...


O telemóvel vibrou sobre a secretária, dei um salto, não estava à espera de ser interrompida… e ele nunca toca, só vibra, geralmente uma só vez, sinal de mensagem… mas agora não parava… olho estupefacta para o ecrã, não quero acreditar que me estás a ligar… o coração dispara ainda mais…

Que se passa? pergunto assustada…
Nada! Hoje não me apetece escrever, queria ouvir a tua voz… trocamos meia dúzia de palavras… o meu coração não me deixa falar muito, fica doido, dispara como um cavalo louco…

O dia passa rápido, saio e passo na casa de uns amigos.
Venho trazer umas prendinhas… pras meninas e pros meninos… Quem é que se portou bem? Correm à minha volta soltando risinhos…
É Natal, tia… hihihi… respondem alegremente
Então… e este ano não há presépio? pergunto
A Maria deixou cair a caixa e partiram-se algumas figuras… mas a mãe consertou-as, amanhã já se podem pôr… explica convicto o mais velho.
Depois da comoção e de depositar as prendas debaixo da árvore, sento-me com os adultos a tomar um café e a conversar sobre uma viagem ao Douro e uma ida ao DOC… por fim despeço-me de todos e saio para o frio da rua…

Chego finalmente a casa… venho cansada e a precisar de um bom banho de imersão para relaxar… meto a chave à porta e sinto uns braços que me agarram por de trás…

Feliz Natal, Princesa… aquela voz, não pode ser! Viro-me e vejo-te, és tu, és realmente tu, não estou a sonhar…
Entramos enlaçados num abraço e num beijo sem fim… as saudades que tinha da tua boca!!!
Quando nos separamos estou sem fôlego, sem respiração… podia morrer colada à tua boca, que morria feliz…
Vem…!

Caminhamos de mão dada em direcção à casa de banho, começo a preparar o banho, bem aromático, bem quente… enquanto me vais observando, em silêncio, vais acendendo velas perfumadas que vais espalhando pela casa de banho e até ao quarto…
Mergulhamos no calor da água e da espuma, mas o calor dos nossos corpos, dos nossos toques é superior a qualquer vulcão incandescente… abraças-me por detrás, as tuas mãos percorrem-me a barriga, o peito, a tua boca devora-me o pescoço, as orelhas, a boca… sussurras:

Hoje quero que sejas a minha Cortesã…!
Pegas-me ao colo e levas-me da banheira para a cama, bocas coladas, corpos frementes, ansiosos, vibrando de desejo… o aroma das velas mistura-se com os dos nossos corpos e do óleo de massagem com que me mimas cada centímetro de pele… as ondas de arrepio sucedem-se, com os beijos molhados que vais pousando no meu corpo… morro nessa boca, em ondas de choque e de prazer… para renascer a cada novo deleite… os nossos corpos são como um só… olhos nos olhos…
Noite dentro, repouso no teu peito, cansada, suada, em êxtase…

Adoro-te Princesa…!
Olho-te nos olhos fulgentes… a paixão brilha neles… a tua alma resplandece…

Serei Princesa ou Cortesã…?
Sorris, com um sorriso maroto, travesso…

Palavras para quê… minha linda!?

Um dia… quem sabe…?



Este foi um desafio da Aorta. A ideia era fazer um post com os títulos dos últimos 10 posts, fiz com 11 porque me atrasei, eheheheh


Se quiserem pegar na ideia e replicá-la, façam o favor de se servir...


Sei Lá!