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Hoje dormia profundamente e sonhava contigo, quando fui acordada por um som estridente, abrimos ambos os olhos (eu e ele) ao mesmo tempo, olhei para ele e disse-lhe: tocaram à campainha, vai lá ver! Respondeu-me: Não ouvi nada. – Então porque é que acordaste? Vai lá ver! Retorqui-lhe.
Levantou-se apressado e foi calçando os chinelos e vestindo um casaco enquanto caminhava para a porta, espreitei as horas e voltei a fechar os olhos, porque não me apetecia vê-lo, nem perder o embalo do sonho…
Podia ouvi-lo à distância a falar com alguém, mantive-me imóvel e de olhos bem cerrados, queria continuar a sonhar.
Voltou com o frio da manhã no corpo e aconchegou-se a mim, murmurou: Era para a vizinha. E agarrou-me por trás, passou-me o braço gelado pela barriga e agarrou-se a uma mama (como gosta de fazer). Estremeci por dentro. Não queria aquela mão! Estava húmida e quente de sonhar contigo e não me apetecia que me tocasse! Não queria que sentisse a minha excitação e pensasse que era para ele… continuei imóvel como se dormisse.
A mão deslizou pela minha barriga, que eu comprimia para não se sentir a tremer, e dirigia-se para…, fiz uma pequeno movimento com a perna e tranquei-lhe o acesso. Não quero que me toque, estou demasiado excitada e não são aquelas mãos que quero que me percorram, mas sim as tuas.
Deixo-me adormecer assim a sonhar que estou nos teus braços.
Só acordei outra vez perto da uma da tarde.
Com o teu gosto na minha boca.